Planejamento Sucessório: a importância de decidir o futuro do patrimônio do empresário ainda em vida

A construção de um empreendimento vai muito além do que o público vê: são anos de dedicação, renúncia, planejamento e investimento que, em determinado momento, acabam nas mãos de filhos, netos e demais sucessores. Ao se colocar à frente de uma empresa, é natural imaginar o futuro do negócio e a maneira como todo o patrimônio será administrado pelos herdeiros. Então, por que não realizar o Planejamento Sucessório, que nada mais é do que a organização da divisão dos bens que envolvem o empreendimento familiar – e sua liderança?

A resistência em planejar um passo tão importante muitas vezes está em alguns pontos cruciais, como a necessidade de o empresário lidar com a morte – mesmo que essa seja inevitável – e o fato do Planejamento Sucessório trazer à tona discussões sensíveis à família. Por outro lado, a organização traz agilidade ao processo e evita o litígio entre os herdeiros, que podem chegar a um consenso quanto à divisão dos bens do empresário.

Ao não planejar e optar pela aplicação simples da lei de sucessões ao patrimônio do empresário, há o risco do resultado ser diferente daquele que parecia mais adequado e justo ao proprietário. Além disso, a sucessão pode resultar em um processo longo e lento de inventário.

A hora certa de realizar o Planejamento Sucessório

O planejamento pode acontecer em qualquer momento, mas, em algumas ocasiões, se torna imediato. Entre as circunstâncias mais comuns estão o casamento dos filhos, o nascimento de netos, a existência de bens no exterior, a acumulação de patrimônio e o fato do empresário ter se casado mais de uma vez.

Motivos para planejar

Há quem diga que tal planejamento é um dever de quem acumulou patrimônio ao longo da vida, já que ao fazê-lo tem a tranquilidade de customizar a maneira pela qual deseja que o seu patrimônio seja passado às próximas gerações. Entre os benefícios do Planejamento Sucessório estão, além dos itens já citados, a possibilidade de obter eficiência financeira, a agilidade da transferência dos bens, a preservação da atividade empresarial e, ainda, a possibilidade de criar estruturas específicas para cada tipo de ativo, como imóveis, dinheiro e demais bens.

Ao organizar a sucessão do patrimônio, o empresário reduz os custos com inventários e procedimentos de sucessão e otimiza a estrutura dos bens que constarão no documento, além de poder implementar diferentes tópicos que sejam mais eficazes para cada classe de ativo constante do patrimônio em questão. Por fim, o planejamento pode auxiliar o líder a garantir o sucesso da empresa familiar, perpetuando o legado construído com tanta dedicação e investimento.

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por Flavio Leoni

“Flávio destaca-se por suas sólidas habilidades de negociação e perspectiva negocial.” – Chambers & Partners

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